Partida do Campeonato Belga é alvo de investigação do MP
O jogo entre Westerlo e Genk, no dia 17 de março, pelo Campeonato Belga, é centro de uma polêmica. Nos minutos finais da partida, o placar estava empatado por 1 a 1, resultado benéfico para ambas equipes. Por isso, os times se limitaram a tocar a bola sem objetividade para que o relógio corresse. A atitude gerou consequências: uma demissão, muitas multas e uma investigação por manipulação de resultado.
O Genk precisava de um ponto para garantir vaga na fase seguinte do torneio. O Westerlo também precisava de um ponto para fugir do rebaixamento. Aos 41 minutos da etapa complementar, Heynen, do Genk, empatou o jogo. A partir daquele momento, os dois times pareciam não querer mais jogar. A partir disso, começou a suspeita envolvendo o resultado do jogo.
O Westerlo publicou nota oficial no dia seguinte ao jogo para afirmar que condenava o ocorrido. Logo depois demitiu o técnico Rik de Mil. “O clube lamenta ter que tomar essa medida, mas não pode aceitar que seus valores sejam questionados”, afirmou o Westerlo em comunicado.
O Ministério Público (MP) da Bélgica se posicionou e repudiou a postura dos dois times na reta final do jogo. O MP classificou a atitude como “zombaria” e “trapaça”. “Isso não é apenas contra as regras do jogo, mas também é injusto com outras equipes do torneio”, disse a entidade, segundo o jornal belga Sporza.
De acordo com a publicação, o MP exigiu que todos os 21 atletas envolvidos (um jogador do Genk foi expulso antes da polêmica) paguem multa de cerca de mil euros, o equivalente a pouco mais de R$ 5 mil. Além disso, houve o pedido de suspensão do treinador do Genk, Wouter Vrancken, e os capitães das duas equipes por dois jogos.
Uma pena maior pode ser aplicada a outros dois atletas: Madsen, do Westerlo, e Kayembe, do Genk, por troca passes próximo à grande área. Os clubes podem ser punidos com uma multa de 10 mil euros, aproximadamente R$ 54 mil.
A Comissão Disciplinar de Futebol Profissional da Bélgica agora deve se reunir para se pronunciar sobre as reclamações do Ministério Público do país, mas ainda não há uma data para a definição.
Por Leonardo Parrelada- Itatiaia