A relação entre poesia e as outras artes é constante na cena brasileira atual. Só para citar alguns exemplos, poetas como Marília Garcia e Aline Motta fazem esse intercâmbio. No rastro dessas referências, mas com uma poética de imagens temáticas singulares, chega ao público JARDIM DE RUÍNAS, primeiro livro de Alexia Carpilovsky.
A autora, que desde 2019 integra a equipe do Prêmio PIPA, o mais relevante prêmio brasileiro de artes visuais, explica que busca em seu texto a mesma sensação de estar diante de uma obra de arte: “um tipo de densidade física, sentir a presença das palavras”.
RESUMO:
Jardim de ruínas, primeiro livro de poemas da carioca Alexia Carpilovsky, acaba de ser lançado pela 7 Letras. O livro explora a relação entre lirismo e artes visuais sob uma perspectiva incomum, trazendo para assuntos como Inteligência Artificial e fim de mundo. Com pensamento em torno do feminino e das artes, os textos se equilibram entre composição e decomposição, ruína e futuro, corpo e mecanização. Quem resumiu a sensação foi a pesquisadora Julia Klien, na orelha da edição: ”jardim mal evoca o florescimento, e logo o expulsam as destroçadas ruínas”. Dialogando com obras como as de Marília Garcia e Marina Abramovic, Alexia Carpilovsky coloca o leitor diante de uma espécie de futurismo em ruínas.
Sobre a autora
Alexia Carpilovsky é poeta e trabalha no campo das artes visuais. Formada em Jornalismo, com domínio adicional em Antropologia da Arte e Cultura, é mestra em Comunicação com a pesquisa “O corpo: imagens de deformação e recomposição”. JARDIM DE RUÍNAS é seu primeiro livro.