Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, a Prefeitura de Japeri, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Pessoas com Deficiência, Mulheres e Cidadania, promoveu uma roda de conversa com o tema “Respeito à diversidade religiosa: entendendo a importância e promovendo a convivência pacífica entre as crenças”.
O evento, realizado nesta terça-feira, 21, no Centro Universitário Internacional (UNINTER), em Engenheiro Pedreira, reuniu membros da sociedade civil de diversas religiões, além do secretário de Direitos Humanos, Luiz Henrique, e do coordenador de Políticas Raciais e Liberdade Religiosa, Marcelo Silva. A mediação ficou a cargo do professor Alex Mendes, licenciado em Filosofia pela UERJ e especialista em Educação e Relações Étnico-Raciais.
Durante o encontro, temas como respeito às diferenças religiosas, o diálogo inter-religioso e estratégias para combater a discriminação foram amplamente debatidos. O secretário Luiz Henrique reforçou o papel do poder público na luta por direitos.
“Assumimos o desafio de liderar a secretaria e decidimos promover esta roda de conversa porque é essencial garantir direitos para toda a população. Que este encontro seja um marco em nossa luta por um mundo mais respeitoso, onde todas as religiões tenham espaço para existir e florescer em paz”, afirmou o secretário.
Já o mediador Alex Mendes destacou a importância de ações educativas para promover a convivência pacífica.
“Este é um espaço para diálogo, onde todos podem compartilhar suas experiências, aprender e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa. A diversidade religiosa é um valor que deve ser celebrado, e a intolerância não deve ter lugar.”
Além disso, Alex explicou o motivo da escolha da data para a celebração.
“O 21 de janeiro foi escolhido como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa em homenagem à memória de Mãe Gilda de Ogum, uma sacerdotisa do Candomblé que faleceu em 2000 após sofrer perseguições e ataques preconceituosos. Ela foi vítima de difamação pública em um jornal, um episódio que escancarou a violência contra religiões de matriz africana no Brasil. Essa data foi oficializada pela Lei nº 11.635/2007 e simboliza a luta contra o preconceito e pela liberdade de crença garantida pela Constituição Federal”, pontuou o mediador.