ITAMARATY COBRA INVESTIGAÇÃO SOBRE MORTE DE BRASILEIRO EM PRISÃO ISRAELENSE

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira (25) a morte do cidadão brasileiro-palestino Walid Khalid Abdalla Ahmad em uma prisão em Israel. O governo brasileiro cobrou informações do país judeu por meio de canais diplomáticos, após a morte do menor de idade brasileiro de origem palestina que estava preso. O governo de Israel não se posicionou publicamente sobre o caso.

A Embaixada do Brasil em Israel pediu informações sobre a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, ao governo israelense, mas o Itamaraty ainda não recebeu detalhes, segundo fontes da chancelaria. O governo brasileiro também não se pronunciou oficialmente.

A prisão do menor, ocorrida em setembro por suspeita de agredir um militar israelense, era de conhecimento de autoridades diplomáticas e consulares brasileiras na Cisjordânia. O caso vinha sendo monitorado. Ele estava detido na prisão de Megiddo.

O Escritório da Representação do Brasil em Ramallah informou que presta apoio à família do jovem para obter informações e realizar procedimentos funerários. A Federação Árabe Palestina do Brasil divulgou informações sobre a morte de Ahmed no domingo, nas redes sociais. A entidade acusa o governo de Israel de permitir a realização de tortura na prisão, o que o governo nega.

Segundo a ONG Defesa das Crianças Internacional – Palestina, o caso dele foi relatado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos, e o Gabinete de Ligação Palestino informou à família de Walid sobre a morte e que ele sofria de doenças como sarna e disenteria amebiana.

De acordo com a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) a prisão Megiddo, onde Walid estava preso, é “notória pelo uso de tortura com choques elétricos, espancamentos, privação de comida e até uso de cachorros”. Segundo o jornal israelense Haaretz, é comum que detentos sejam despidos, amarrados pelos pés e pelas mãos por dias e privados de comida e cobertores, com vários hospitalizados devido ao abuso.

Além disso, de acordo com dados da Autoridade Palestina, com a morte de Walid, sobe para 63 o número de prisioneiros palestinos mortos em prisões israelenses. Entretanto, a morte do palestino-brasileiro é a primeira de um menor de idade, segundo, segundo dados da Defesa das Crianças Internacional — Palestina.

por Jovem Pan

Comments (0)
Add Comment