Presidente codenou o genocídio do povo palestino por Israel e cobrou uma reforma no Conselho de Segurança da ONU
247 – O presidente Luiz Inácio da Silva (PT), em declaração à imprensa após encontro com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, nesta quinta-feira (15), falou sobre o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino e criticou a fraqueza da ONU diante do país, que parece ter “a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada pela direção das Nações Unidas”.
Lula ressaltou que “o Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e no sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, de estar matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra”. >>> “Não haverá paz sem um Estado palestino convivendo lado a lado com Israel”, afirma Lula
Ele também defendeu mudanças nos organismos multilaterais e a reforma do Conselho de Segurança da ONU. “O Brasil está empenhado, e esperamos contar com o apoio do Egito, para que possamos fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global. É preciso que o Conselho de Segurança da ONU tenha outros países participando. Outros países da África, da América Latina. É preciso que tenha uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas, e não atores que fomentam as guerras”, afirmou.
“As últimas guerras que tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho da ONU, a invasão à Líbia, a Rússia não passou pelo conselho para fazer a guerra na Ucrânia e o Conselho não pode fazer nada sobre a guerra na Faixa de Gaza. Ou seja, a única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada pela direção das Nações Unidas”, observou mais à frente. Lula também defendeu um cessar-fogo definitivo e a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.
Por: 247