Travessia deve ser feita apenas por duas rodovias, entre 10h e 16h do horário local.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel para a mídia árabe, Avichay Adraee, disse que o exército permitirá a movimentação de palestinos que estão migrando para o sul da Faixa de Gaza por mais seis horas, entre 10h e 16h do horário local (das 04h às 10h, pelo horário de Brasília).
O comunicado, divulgado nas redes sociais do porta-voz, informa que os habitantes de Gaza devem migrar para o sul por duas vias principais: as rodovias Salah Al-Din e Al-Bahr.
Avichay Adraee afirma que o exército “permitirá a circulação nas rodovias indicadas sem qualquer prejuízo” no horário estipulado, e que os palestinos devem aproveitar o prazo para se mudar para a região sul de Gaza “para sua própria segurança”.
“Se você se preocupa consigo mesmo e com seus entes queridos, vá para o sul conforme as instruções”, diz o comunicado.
O porta-voz ainda destaca que “os líderes do Hamas cuidaram de si próprios e estão se protegendo dos ataques na região”, indicando que os civis devem prezar pelo seu próprio bem-estar.
Ordem de evacuação
Na noite da última quinta-feira (12), o exército israelense informou, por meio de panfletos jogados de aviões, que os moradores do norte de Gaza deveriam migrar para o sul em 24 horas, prazo que acabou às 18h desta sexta-feira (13), no horário de Brasília.
No entanto, após uma série de críticas e apelos de organizações e autoridades internacionais, Israel deu mais seis horas para que um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras fosse evacuado em segurança. A extensão desse prazo acabou à meia-noite.
Diversos registros em redes sociais mostraram que centenas de civis palestinos foram mortos nesta sexta enquanto tentavam concluir o deslocamento da região norte para o sul. Mesmo antes do fim do prazo das 24 horas iniciais, o exército israelense lançou mísseis sobre Faixa de Gaza.
Segundo informações do Ministério da Saúde da Palestina, 324 pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas na Faixa de Gaza com os ataques israelenses nas últimas 24 horas.
Em um vídeo compartilhado com exclusividade ao GloboNews pelo cidadão brasileiro Ahmed Alajrami é possível ver dezenas de corpos, a maioria de crianças, caídos na rua e em cima de caminhões.
Por Bruna Miato, g1