ISRAEL APROVA PLANO PARA RETIRDA DE SEU EXÉRCITO DA FAIXA DE GAZA

Decisão surge em meio a intensos protestos que tomaram as ruas de Tel Aviv e pressão do presidente eleito dos EUA, Donald Trump

Israel aprovou planos para retirar tropas de Gaza após avanços nas negociações de troca de prisioneiros com o movimento palestino Hamas, informou o jornal israelense Haaretz no sábado (11).

Já se passou mais de um ano desde a implementação do primeiro acordo de troca de reféns com o Hamas e, desde então, as duas partes têm negociado por meio de intermediários sobre o destino dos prisioneiros restantes. Nas últimas semanas, as conversas se intensificaram, com fontes informadas relatando avanços.

De acordo com a reportagem, as Forças de Defesa de Israel (FDI) aprovaram diversas estratégias para a retirada “ágil” das tropas da Faixa de Gaza, em resposta aos avanços nas negociações. Uma das principais opções consideradas é a retirada pelo Corredor de Netzarim, que corta Gaza ao meio.

A decisão surge em meio a intensos protestos que tomaram as ruas de Tel Aviv, Israel.

Um grande protesto antigovernamental ocorreu na noite de sábado em Tel Aviv, com milhares de ativistas exigindo um acordo imediato para a libertação dos reféns de Gaza, conforme informou um correspondente da Sputnik. O protesto começou com um movimento que defendia eleições antecipadas em Israel, antes de os manifestantes se unirem em apoio às famílias dos reféns.

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que uma equipe de negociadores viajasse a Doha, Catar, para avançar nas negociações pela libertação dos reféns, segundo seu gabinete. Netanyahu também se reuniu com o ministro da Defesa, Israel Katz, chefes dos serviços de inteligência e representantes das administrações estadunidense atual e futura para discutir a situação dos reféns.

Em 7 de outubro de 2023, Israel sofreu um ataque sem precedentes com foguetes lançados da Faixa de Gaza. Além disso, combatentes do Hamas invadiram áreas fronteiriças, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. As autoridades israelenses afirmam que cerca de 1,200 pessoas foram mortas durante o ataque. Em resposta, as FDI lançaram a “Operação Espadas de Ferro” na Faixa de Gaza e impuseram um bloqueio total ao enclave. O Ministério da Saúde de Gaza informou na quinta-feira (9) que o número de mortos na Faixa de Gaza devido aos ataques indiscriminados israelenses ultrapassou 46 mil desde 7 de outubro de 2023.

Mais de 250 pessoas foram capturadas e levadas para a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, em 7 de outubro de 2023. De acordo com dados israelenses, 98 pessoas ainda estão em cativeiro, incluindo algumas que são consideradas mortas. Por meio de operações militares e esforços humanitários, 156 pessoas foram resgatadas do cativeiro, incluindo reféns mortos cujos corpos foram recuperados.

Com informações da Sputnik

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