Pontífice de 88 anos está em recuperação no hospital Gemelli, em Roma, e já respira sem máscara de oxigênio, segundo informações do Vaticano
O Papa Francisco fará neste domingo (23) sua primeira aparição pública desde que foi hospitalizado em fevereiro com um quadro grave de pneumonia. A informação, segundo o jornal O Globo, foi confirmada pelo Vaticano, que detalhou a progressiva melhora do líder da Igreja Católica, internado há mais de um mês no hospital Gemelli, em Roma.
De acordo com boletim divulgado pela Santa Sé, o pontífice argentino de 88 anos, que vinha utilizando uma máscara de oxigênio desde o agravamento da infecção pulmonar, já está conseguindo respirar por períodos sem auxílio do equipamento. “As condições clínicas do Santo Padre continuam melhorando”, informou o comunicado, que passou a ser publicado com menos frequência devido à estabilização de seu estado de saúde.
O Papa está hospitalizado desde 14 de fevereiro, quando deu entrada na unidade com diagnóstico de pneumonia nos dois pulmões. Durante as semanas seguintes, enfrentou crises respiratórias severas, que chegaram a gerar forte preocupação dentro e fora do Vaticano sobre a possibilidade de complicações fatais. No entanto, nas últimas atualizações, a equipe médica aponta avanços tanto na fisioterapia motora quanto na respiratória.
O último boletim médico informou que Francisco deixou de utilizar a ventilação mecânica não invasiva e teve a necessidade de oxigenoterapia de alto fluxo significativamente reduzida. A Santa Sé destacou ainda que, durante o dia, o pontífice continua recebendo oxigênio por meio de uma cânula nasal, mas os médicos têm conseguido diminuir gradualmente essa assistência.
Na segunda-feira, o Vaticano relatou que o Papa vinha passando “breves momentos” sem necessidade de oxigênio suplementar, o que representou um marco importante em sua recuperação. Na terça-feira, pela primeira vez desde o agravamento da doença, ele conseguiu ficar sem a máscara de oxigênio, segundo o informe.
Francisco, que pertence à ordem dos jesuítas, tem histórico de fragilidade respiratória. Na juventude, chegou a perder parte de um dos pulmões em razão de uma infecção. A atual internação é uma das mais longas de seu pontificado, iniciado em 2013.
Apesar da recuperação, ainda não há previsão oficial para sua alta hospitalar. O Vaticano informou, no fim de semana, que o papa continuará internado para seguir com o tratamento e que novas avaliações serão realizadas antes de qualquer decisão sobre seu retorno ao Vaticano em definitivo.
Por Brasil 247