INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) PARAÍSO OU INFERNO?

Surpreso quanto os avanços da IA? Novas tecnologias sempre suscitaram debates. A IA fez surgir uma espécie de novo Ludismo. Cientistas e influentes personalidades do mundo da tecnologia e outras áreas da ciência  assinaram carta aberta solicitando pausa nos experimentos de novas funcionalidades utili­zando IA. A carta aponta risco para o planeta e a humanidade. Cientistas, soció­logos, antropólogos e afins, não são exatamente a tribo que pode se revelar surpresa com os avanços na automatização dos processos produtivos provocados pela IA, então, não faz sentido o espanto repentino externado por estes atores do campo científico em um momento em que dirigir carros, diagnos­ticar doenças, criar obras de artes, imagens fotográficas entre outras tarefas já estarem dominadas pela IA. A maior parte da população mundial, aí com justa razão, tem dúvidas sobre como as ferramentas tecnológicas disruptivas transfor­marão a sociedade. Vou perder meu emprego? O sigilo sobre meus dados pessoais está em perigo? Tenho que temer a extinção dos humanos?  

Mas o que é IA? Para achar a resposta criei um prompt no Chat GPT. Não me limitei a copiar a informação e sim, tentar entender como os chatbots que imitam a escrita humana relatam a complexidade do seu sistema cognitivo artificial. Resumindo a resposta da ferramenta, e enriquecendo o texto com minha capa­cidade intelectual e criativa, defino a IA como inteligência sintética, sistematiza­dora de processos digitais, através de algoritmos que mineram e processam grandes volumes de dados, criando rela­ções entre eles, produzindo respostas para questões complexas, a cada dia mais confiável que influenciam na tomada de decisões em diversos campos da atividade humana.  Olhando por este ponto de vista parece que estamos entrando em um Paraíso. Mas os temores de estarmos entrando no portal do inferno descrito na Divina Comédia de Dante Alighieri, é pertinente. As tecnologias de IA que já estão em plena execução não têm expli­cabilidade. Vejamos os homens negros perseguidos pelo viés racista das ferramentas de reconheci­mento facial. Os vieses enviesados nos algoritmos, não são de simples entendi­mento, pois se tratam de tecnologias opacas.

O Brasil está discutindo no congresso, um marco legal para o desenvolvimento e uso da IA com propostas generalistas que considero de pouco impacto na proteção da sociedade.

Diogenes Vicente de Medeiros

Comments (1)
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  • Bruno da Silva Oliveira

    Muito bom o texto sobre este assunto tão atual. É de extrema importância que falemos e debatemos mais sobre a I.A, pois só assim poderemos achar um equilíbrio entre até onde a I.A pode ser uma aliada e não uma arma contra a raça humana.