INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS NO ATACADO DESACELERA PARA 4,17% EM ABRIL, DIZ CEAGESP

Com o resultado de abril, o índice Ceagesp acumula alta 10,90% no ano e de 10,25% em 12 meses

O índice Ceagesp, indicador de variação de preços no atacado de frutas, legumes, verduras, pescado e diversos, encerrou o mês de abril em desaceleração, atingindo 4,17% em comparação com 5,33% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula alta de 10,90% no ano e de 10,25% em 12 meses, informa a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em comunicado.

Conforme a companhia, o destaque do período ficou com o setor de verduras, que apresentou no mês de abril variação negativa (-2,15%), queda de 23,3 pontos porcentuais em comparação com o índice de março, que encerrou com +21,15%.

Com este resultado, o setor acumula uma variação de -6,41% em 12 meses. “A redução contínua nos preços de itens importantes, como alfaces, almeirão, couve e rabanete, entre outros, fez com que o índice Ceagesp desacelerasse.”

O setor de frutas variou 0,17%. “A baixa oferta no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) de itens como a carambola, o caju e o morango, por conta da sazonalidade, e a redução das entradas de maracujá azedo vindas da região Sul acarretaram alta de preços”, explicou a Ceagesp.

Em contrapartida, itens importantes, como mamão havaí, uva vitória e limão siciliano, tiveram reduções de preços importantes, desacelerando dessa maneira o índice do setor de 3,54% em março para 0,17% em abril.

Já o setor de legumes variou 16,20%. Segundo a companhia, a redução da oferta de tomates (um dos principais itens do setor), em virtude da finalização da safra de verão, e o início “tímido” da safra de inverno, pressionaram os preços para cima, uma vez que os tomates não alcançaram a coloração e a qualidade adequadas no mês de abril.

“Este item ainda sofre com a redução de oferta por conta das intempéries, bem como inviabilidade de colheita por conta da coloração, já que as temperaturas mais amenas no período noturno retardam a maturação”, acrescentou.

Os pimentões tiveram impacto da Semana Santa e da Páscoa, já que são itens essenciais nessa época. O aumento da procura atrelado à redução da oferta fez com este item encerrasse o mês em elevação.

O setor de verduras variou -2,15%. A diminuição de chuvas, que culminou em perdas, restrição da oferta e aumento de preços no setor nos meses anteriores, fez com o setor apresentasse em abril a maior queda porcentual entre todos os setores pesquisados, esclareceu a Ceagesp. A redução de preços de itens importantes do setor, como alfaces, almeirão e rabanetes, foi responsável pela variação negativa do índice neste setor.

O setor de Diversos variou 11,23%. No mês passado, o segmento registrou uma reacomodação de preços, já que vinha apresentando variações negativas desde dezembro de 2022, com um acumulado no ano de -6,16%.

Dois fatores foram responsáveis pela puxada do índice do setor para cima em abril: O primeiro fator, e a principal responsável, foi a elevação de preços das batatas, pois houve redução na oferta oriunda do estado do Paraná, importante fornecedor desse produto. O segundo fator foi a sazonalidade do alho nacional.

O setor de Pescados variou -0,19%. No período pós-Semana Santa (principal data do setor), apresentou diminuição na procura de itens importantes, tais como curimba, tainha e cavalinha, culminando na redução dos preços. “Esse movimento do mercado favoreceu para que o setor apresentasse leve redução no seu índice de preço”, concluiu.

Por:  Estadão Conteúdo

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