Esse foi o 4º mês consecutivo de desaceleração do índice de preços do país.
A inflação na Argentina atingiu 8,8% em abril, segundo o Índice de Preços ao Consumidor do Indec. Em 12 meses, os preços subiram 289,4%. Esse foi o quarto mês de desaceleração consecutivo, comemorado pelo presidente Javier Milei. Porém, economistas alertam que isso reflete a queda no consumo.
O aumento mais significativo em abril foi nos custos de habitação, água, eletricidade e gás (35,6%), devido à suspensão dos subsídios e aos aumentos tarifários. Comunicação (14,2%) e vestuário e calçados (9,6%) também subiram, enquanto alimentos e bebidas (6%), bens e serviços (5,7%) e bebidas alcoólicas e tabaco (5,5%) tiveram aumentos menores.
O governo Milei busca alcançar o “déficit zero” até o final do ano, impulsionando uma desregulação econômica. Embora o país tenha alcançado o primeiro superávit fiscal desde 2008 no primeiro trimestre, o superávit foi obtido com cortes insustentáveis, resultando em desemprego e redução de salários e aposentadorias. O recuo no consumo em abril, estimado em 20,4% em termos interanuais, indica um desafio econômico contínuo, com aumento nos preços de serviços públicos e queda na capacidade de gastos das famílias.