A incontinência urinária é um problema que afeta milhões de brasileiros e pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Caracterizada pela perda involuntária de urina, a condição tem diferentes causas e pode atingir tanto homens quanto mulheres, especialmente a partir dos 40 anos. No Dia da Incontinência Urinária, especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce e das diversas opções de tratamento disponíveis.
De acordo com o urologista Dr. Octávio Campos, a incontinência pode estar associada a fatores como enfraquecimento do assoalho pélvico, alterações hormonais, obesidade e até mesmo efeitos colaterais de cirurgias. “Nas mulheres, o problema é mais comum após a gestação e a menopausa, enquanto nos homens, pode surgir como consequência de cirurgias prostáticas ou problemas neurológicos”, explica o especialista.
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, sendo os mais comuns a de esforço, que ocorre ao tossir, rir ou praticar atividades físicas, e a de urgência, quando há uma necessidade súbita e incontrolável de urinar. “Muitos pacientes deixam de procurar ajuda por vergonha ou por acreditarem que a perda de urina faz parte do envelhecimento, mas isso não é verdade. Há tratamentos eficazes para melhorar os sintomas e recuperar a qualidade de vida”, destaca Dr. Campos.
O tratamento varia de acordo com a causa e a gravidade do problema. Medidas como fisioterapia pélvica, medicamentos e mudanças no estilo de vida são indicadas nos casos mais leves. “A prática de exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica pode trazer grandes benefícios, assim como evitar alimentos irritantes para a bexiga, como cafeína e álcool”, orienta o urologista. Já em situações mais severas, procedimentos cirúrgicos, como a colocação de slings (faixas de sustentação), podem ser recomendados para corrigir a perda de urina.
A conscientização sobre a incontinência urinária é fundamental para quebrar tabus e incentivar as pessoas a buscarem tratamento. “A perda urinária não deve ser encarada como algo normal ou sem solução. Com o acompanhamento médico adequado, é possível controlar ou até mesmo eliminar o problema, devolvendo mais segurança e bem-estar ao paciente”, finaliza Dr. Campos.