PF prendeu 13 pessoas ligadas a uma quadrilha que controlava o jogo do bicho em dois estados; a suspeita é de que o grupo movimentava mais de R$ 10 milhões por mês.
Uma operação da Polícia Federal prendeu 13 pessoas ligadas a uma quadrilha que controlava o jogo do bicho em dois estados. A investigação apontou o envolvimento de policiais do Rio de Janeiro com o grupo. Imagens exclusivas obtidas pelo Fantástico mostram policiais militares transportando dinheiro da contravenção.
A investigação durou cerca de oito meses. Neste período, a PF gravou em áudio e vídeo o caminho do dinheiro do jogo do bicho no Rio.
As imagens revelam como os valores eram recolhidos, transportados e contabilizados pela organização criminosa. A suspeita é que o grupo movimentava mais de R$ 10 milhões por mês.
Para arrecadar toda essa fortuna, a organização criou uma rotina de “transporte de valores”. Vídeos registrados pela Polícia Federal mostram o recolhimento do dinheiro dos pontos de vendas do jogo do bicho na cidade do Rio de Janeiro, no interior do estado e no Espírito Santo (veja o vídeo acima).
“Esses agentes públicos deveriam estar protegendo a sociedade, deveriam estar usando os recursos públicos para proteger o cidadão, mas, ao contrário, têm usado os meios públicos como viaturas, como armamento e como outras coisas para proteger o crime organizado e não para proteger a população”, afirma Ricardo Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.
Segundo a Polícia Federal, o grupo era chefiado por Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães. Ele é um dos fundadores e ex-presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
O capitão estava em prisão domiciliar desde dezembro do ano passado, quando foi alvo de uma outra operação da PF. Agora, ele teve uma nova prisão domiciliar decretada.
Posicionamentos
A Polícia Civil informou que, se for comprovada a participação de policiais em atividades ilícitas, os agentes públicos serão punidos. E reforçou que o combate ao crime organizado é uma das prioridades da instituição.
Também em nota, a Polícia Militar disse que agentes da Corregedoria estão acompanhando a operação da Polícia Federal.
Os advogados do Capitão Guimarães e dos integrantes da organização criminosa presos na sexta-feira (1º) não foram localizados.
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Por Fantástico