Histórica localidade que abrigou ós últimos dias do Império passou por obras para a recuperação estrutural do prédio principal
Um dos espaços mais belos e emblemáticos para a história do Brasil, a Ilha Fiscal, será reaberta à visitação de cariocas e turistas no dia 8 de julho. A retomada de atividades no local se dá depois de um ano e meio de obras para a recuperação estrutural do prédio principal. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo.
A revitalização da Ilha teve como eixo principal a reestruturação das vigas e nos pilares que sustentam o piso. Muitos estavam com ferragens expostas, e a intervenção foi necessária antes que o desgaste causasse um desabamento. Além disso, parte da fachada foi repintada.
A reforma custou R$ 3,4 milhões. Os recursos foram captados pela Lei Rouanet e emendas parlamentares. A Marinha ainda está definindo detalhes da festa de reinauguração, assim como horários de visitação e o valor do ingresso, que deve ficar em cerca de R$ 50, mesmo preço cobrado para fazer os passeios guiados pela Baía de Guanabara promovidos pela DPHDH.
Ilha Fiscal recebe festa de alto luxo para celebrar os 50 anos de empresária ‘misteriosa’
Inicialmente, os visitantes só poderão chegar à ilha de ônibus fretados pelo órgão, por um acesso pelo 1º Distrito Naval, na Praça Quinze, porque existe uma conexão com o continente. Mas os militares têm um projeto de recuperar o trajeto por escuna, como acontecia antes.
História da Ilha Fiscal
A Ilha Fiscal é famosa, entre outros episódios, por ter sido palco dos últimos dias do Império. Na ocasião, a Ilha foi sede do baile requintado e glamuroso que reuniu a elite da corte às vésperas da Proclamação da República, em 1889.
Equipamentos históricos sendo reinaugurados no Rio
Esquinas da cidade que traduzem a beleza do Rio Antigo tem sido contempladas com o resgate de prédios e monumentos históricos, uma delas é a Rua do Ouvidor, que foi agraciada com a revitalização e consequente reabertura da Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, localizada, bem na esquina com a ruazinha do Arco do Teles.
Fechada por quase quatro anos pela Defesa Civil por conta da queda de um pedaço da sua fachada, o centenário templo estava com a parte externa deteriorada.
A edificação começou singela, com um simples oratório dedicado à santa. Em 1747, tiveram início as primeiras obras da igreja, que contou em sua elaboração com traços nos estilos rococó e barroco, o que faz do templo uma verdadeira pérola histórica, cultural e devocional da fé católica.
Por Raphael Fernandes