Famílias tiveram que se esconder em área de mata. Polícia Civil está investigando o caso que aconteceu nesta terça-feira (4).
Cerca de 110 famílias do Movimento Sindical da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (Fetag-RJ) que montaram acampamento em Silva Jardim, na Região Metropolitana do Rio, foram atacadas entre a noite de segunda-feira (3) e a madrugada de terça-feira (4).
De acordo com coordenadores do grupo, homens com armas de grosso calibre invadiram o local atirando e colocando fogo em carros e nas barracas.
As famílias tiveram que fugir e se esconder em área de mata da região. Ainda há pessoas que não foram localizadas.
Na manhã desta terça-feira, as famílias procuraram a delegacia da cidade para registrar o atentado e também o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
As famílias estão acampadas no local desde o dia 24 de maio.
Segundo a Fetag, as famílias também foram atacadas no momento da ocupação; por jagunços armados que atiraram contra as famílias impedindo que elas passassem pela porteira do imóvel.
A federação explica, no ofício direcionado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que o acampamento está montado na entrada da Gleba 3, imóvel do Incra, que está invadido por uma família há cinco décadas.
No texto eles pediam para que o instituto fizesse uma visita a fim de levantar a situação de violência e cadastrar as famílias acampadas. O documento foi realizado no dia 27 de maio.
A Polícia Civil de Silva Jardim está investigando o recente ataque. Uma equipe foi encaminhada ao local para colher mais informações e levantar possíveis suspeitos para o crime.
O g1 tenta entrou em contato com o MPRJ, o Incra e a Fetag e aguarda um posicionamento.
Por Bianca Chaboudet, g1 — Silva Jardim