HOJE É DIA NACIONAL DO FUNK

Hoje, quando a gente olha para trás sente que valeu a pena. Não foi fácil a nossa caminhada, nunca foi – e ainda não é. Assim como o samba, que saiu das senzalas e abriu a porta das elites sem ter que pedir licença, o funk teve o mesmo destino e, igualmente, teve de enfrentar muitas barreiras. Pulamos várias fogueiras, até chegarmos aqui.
O funk foi combatido; o funk foi proibido; o funk virou lei e até foi levado às barras do Supremo Tribunal Federal num recurso contra censura e condenação da Furacão 2000 por causa da música “Tapinha” – felizmente, rechaçado pelo então presidente da Corte, ministro Luis Roberto Barroso, que reformou a condenação reconhecendo a legitimidade do funk enquanto manifestação cultural e artística e liberdade de expressão.
Hoje temos esse reconhecimento. Ao longo desses anos, demos muita oportunidade e abrimos a “porta da esperança” para muitos jovens. O nosso funk venceu barreiras e se tornou sucesso internacional. Anitta é prova disso. Mas a luta continua, e continuará pelas gerações seguintes, até o dia em que não haverá mais preconceito contra negros, pobres e periféricos.

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