Heleno, Mauro Cid e Marcelo Câmara teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do ministro do STF
A Polícia Federal (PF) informou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro, juntamente com o coronel Marcelo Costa Câmara e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então ocupante do Palácio do Planalto, espionaram o magistrado Alexandre de Moraes com a finalidade de detê-lo seguindo a emissão de um decreto que instauraria um golpe de Estado, informa o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Metrópoles.
Segundo a PF, eles formaram um “núcleo de inteligência paralela”, responsável pela coleta de dados e informações que auxiliassem Bolsonaro na consumação do golpe de Estado e evitar a posse do presidente Lula. >>> SAIBA MAIS: Heleno propôs infiltrar agentes da Abin em campanhas para espionar candidatos a presidente
“Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”, escreveu a Moraes o procurador-geral da República, Paulo Gonet.