Segundo o ministro da Fazenda, o texto mais radical não passa: “Existe o bom, que é amigo do ótimo”, disse ele
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quarta-feira (21/6), que sem a reforma tributária fica difícil gerenciar a nova regra fiscal, em vias de ser aprovada pelo Congresso Nacional.
“Eu diria que, sem a reforma tributária, fica muito mais difícil gerenciar a regra fiscal. A reforma tributária é um dos pressuposto da regra fiscal, porque ela traz segurança. O sistema de justiça que tem no Brasil gasta 2% do PIB (Produto Interno Bruto), isso é quatro vezes mais que o segundo colocado no mundo. 40% do custo do sistema judiciário é litígio tributário, ninguém aguenta mais. Nem o fisco aguenta, nem o contribuinte”, afirmou Haddad durante participação em seminário sobre a reforma tributária promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Segundo o ministro, é possível chegar a um texto bom e aperfeiçoar o sistema tributário futuramente. Ele ainda comparou o texto possível com o do marco fiscal.
“Eu sei que algumas pessoas vão dizer: ‘Deveria ser mais radical a reforma tributária’. Mas a mais radical não passa. ‘O arcabouço tinha que ser mais radical’. Não passa, porque tem interesses que precisam ser contemplados”, prosseguiu.
Ainda, Haddad previu uma transição “tranquila” na reforma tributária: “Ninguém vai ficar com o pires na mão”, disse ele.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se comprometeu a votar a reforma tributária na primeira semana de julho, junto com outras pautas econômicas.
Por: Metrópoles