O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos
O governo federal anunciou a criação um grupo de trabalho (GT) para investigar o fluxo econômico das organizações criminosas no Rio de Janeiro.
A iniciativa, que possui apoio da gestão estadual, foi divulgada na terça-feira (29) pelo secretário de Segurança Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Mário Sarrubo, ao visitar o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Césa Santos.
O encontro ocorreu após três pessoas serem mortas durante uma operação da Polícia Militar que causou tiroteio e fechou a Avenida Brasil na última quinta-feira (24).
A proposta é que o GT seja coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e que as atividades iniciem nos próximos dias. Após o mapeamento financeiro das organizações criminosas, uma rede de inteligência será criada a fim de combatê-las estruturalmente.
“O foco maior aqui é exatamente a questão do território e a investigação que visa a atacar a estrutura financeira das organizações criminosas, que é o que a gente acha que vai ter um resultado positivo mais para a frente. Tirando a capacidade financeira dessas organizações, a gente tira a capacidade delas de tomada de território e de compra de armamento”, disse Victor Santos.
De acordo com Sarrubo, a operação reunirá todas as forças de segurança, estratégia diferente de ações passadas em que contaram apenas com a presença de policiais.
“Não se trata mais de pensar só em operação policial. Queremos saber para onde está indo esse dinheiro, de onde ele vem. Qual é o ciclo econômico que domina determinado território? Como tantos fuzis chegam ao Rio de Janeiro? Nós estamos pensando agora muito mais na estruturação de uma rede de inteligência que possa entender e analisar a economia do crime em determinados territórios”, afirmou o secretário.
“E a partir daí, substituirmos essa economia pela economia do Estado, pela economia legal, que gera renda e gera também impostos para o Estado, de forma que que possamos ter uma sociedade civil organizada, que é o que todos nós pretendemos”, acrescentou.
Sarrubo também afirmou que é importante institucionalizar o trabalho integrado a fim de que as operações tenham continuidade independentes do governo.