Imagens via satélite do programa Olho no Verde auxiliam no combate ao crime ambiental
Na última semana, o Governo do Estado embargou 37 áreas no território fluminense por desmatamento ilegal, somando cerca de 41 hectares de propriedades particulares. A ação faz parte da Operação Mata Atlântica em Pé, conduzida pela Secretaria de Estado do Ambiente (Seas), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Rio (MPERJ).
O Inea implementou, em 2023, a medida cautelar de embargo remoto e o Sistema Estadual de Áreas Embargadas no Rio de Janeiro. Utilizando imagens de alta resolução via satélite fornecidas pelo MapBiomas, o órgão suspende à distância atividades que causam danos ambientais. A ação faz parte do programa Olho no Verde, que monitora as áreas verdes do estado.
Durante a operação, as equipes identificaram remotamente propriedades suspeitas de desmatamento, resultando na autuação de 29 proprietários. Quando confirmados os crimes ambientais, os responsáveis podem enfrentar processos judiciais e restrições administrativas, como limitações no registro das propriedades rurais e acesso a créditos no sistema financeiro.
Segundo Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, o uso de tecnologias avançadas, como o Olho no Verde, é fundamental para a proteção ambiental. “Todo e qualquer crime ambiental será coibido dentro das medidas cabíveis da nossa legislação. Temos orgulho do Olho no Verde, uma ferramenta necessária e estratégica para proteger nossas áreas verdes”, afirmou Rossi.
A restauração florestal das áreas desmatadas exigirá investimentos estimados em R$ 22 milhões.
Criado em 2016, o Programa Olho no Verde combate o desmatamento no estado do Rio de Janeiro, realizando monitoramento contínuo de remanescentes florestais por imagens de satélite. O sistema detecta automaticamente alertas de desmatamento e envia essas informações às equipes de fiscalização, permitindo uma atuação rápida e eficiente no combate a crimes ambientais.