GOTEIRAS, SALAS ALAGADAS E JANELAS QUEBRADAS: ALUNOS DA FAETEC DENUNCIAM PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA

Uma estudante publicou um vídeo nas redes sociais mostrando poças d’água nas salas de aula e corredores com goteiras.

“A nossa unidade é a maior da rede Faetec e a única que ainda não tem uma manutenção completa, que ainda não teve uma reforma interna,” diz Janine Aquino, estudante do curso de técnico em enfermagem e autora do vídeo.

Janelas e portas quebradas, pinturas descascadas e reboco caindo em praticamente todo o prédio são outras reclamações.

No pátio do colégio, uma árvore que caiu há 2 anos continua no mesmo lugar. “É uma negligência com alunos e funcionários. Uma falta de responsabilidade, sabe”, diz a estudante Júlia Rodrigues.

Emily Mendes, também aluna do curso de enfermagem, diz que os laboratórios também estão em situação precária.

“Há muito tempo os laboratórios vêm sofrendo com a falta de verba. Os professores têm que tirar [o material] do próprio bolso ou a gente tem que trazer de casa para conseguir fazer os procedimentos”, relata.

Além dos problemas de infraestrutura, os alunos precisam lidar com a falta de profissionais. Vinícius Dias conta que está com tempo vago em três aulas por falta de professor.

“Isso atrapalha muito porque a gente não tendo aula ou professor que tira licença, elas [disciplinas] não saem da nossa grade e nós temos que fazer dependência no ano seguinte”, reclama.

O abandono afeta não apenas o patrimônio, mas também a autoestima e o aprendizado dos alunos.

“O aluno se sente abandonado, na grande realidade. O único poder que pode nos libertar e abrir portas para o nosso futuro é a educação. Como que a gente vai ter acesso à educação se a gente não tem uma base boa? Se a gente não tem a qualidade de uma infraestrutura ao nosso favor”, questiona Janine.

A Defensoria Estadual protocolou uma ação civil pública pedindo que o Governo do Rio de Janeiro apresente e execute um plano de reestruturação do serviço prestado pela Faetec.

O que dizem os envolvidos

Em nota, a Faetec está tomando as medidas para solucionar os problemas estruturais. Sobre a falta de professores, a instituição informa que tem regime adicional de trabalho e o remanejamento de docentes com carga horária excedente.

A Defesa Civil estadual disse que Defesa Civil do município é a responsável por questões estruturais.

Já a Defesa Civil municipal disse que a responsabilidade de interditar o local é do órgão estadual, por se tratar de um imóvel do governo, e que a prefeitura não foi acionada para nenhum tipo de vistoria no local.

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