FMI prevê que o crescimento da produção econômica na América Latina e Caribe desacelerará para 2,0%, em comparação com a expansão de 2,4% do ano passado
A previsão de contração da produção econômica do México em 2025 é responsável pela maior parte da estimativa do Fundo Monetário Internacional de desaceleração do crescimento do PIB da América Latina e Caribe este ano, segundo a atualização do relatório Perspectiva Econômica Global do FMI divulgado nesta terça-feira.
O FMI agora prevê que o crescimento da produção econômica na América Latina e Caribe desacelerará em 2025 para 2,0%, em comparação com a expansão de 2,4% do ano passado e estimativa de crescimento de 2,5% em janeiro.
“As revisões devem-se, em grande parte, a uma redução significativa do crescimento no México”, disse o Fundo, “refletindo uma atividade mais fraca do que o esperado no final de 2024 e início de 2025, bem como o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos, a incerteza associada e as tensões geopolíticas, além de um aperto nas condições de financiamento”.
A economia do México, fortemente entrelaçada com a dos Estados Unidos, agora tem previsão de contração de 0,3% este ano, contra expansão de 1,4% prevista anteriormente, uma vez que as tarifas dos EUA afetam as exportações.
O Brasil, a maior economia da região, deve desacelerar para 2,0% este ano ante previsão de janeiro de expansão de 2,2% do PIB.
A previsão de crescimento de 5,5% da Argentina para 2025 representa um aumento em relação à expansão de 5% prevista em janeiro. A Colômbia deve crescer 2,4%, o Chile 2,0% e o Peru 2,8%.
Para a América Central, a estimativa é de um crescimento da produção de 3,8% este ano, um pouco mais lento do que a taxa de 3,9% em 2024, enquanto o Caribe deve desacelerar para 4,2% em 2025, em comparação com os 12,1% do ano passado.
Por Reuters