O Nordeste está em movimento — e dessa vez, sobre trilhos! Um dos maiores projetos de infraestrutura do país, a Ferrovia Transnordestina, acaba de ganhar um novo impulso com a assinatura da ordem de serviço para o lote 8, que vai ligar o Piauí ao Porto do Pecém, no Ceará. O investimento de R$ 1 bilhão vem do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), ligado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
A cerimônia aconteceu em Baturité (CE), cidade que será atravessada pelos novos 46 km de ferrovia, ao lado de Quixadá, Itapiúna e Capistrano. Presentes no evento, o ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e o ministro Waldez Góes celebraram o avanço.
“Já são oito lotes em andamento e até mil novos empregos com essa nova etapa”, destacou Góes.
Trilhos que unem o Nordeste
O trecho inclui três pontes, dois viadutos e quatro passagens de nível, com obras previstas para começar em até 45 dias. Com 75% da primeira fase já concluída, faltam apenas dois lotes (9 e 10) para que o traçado entre o Piauí e o Ceará seja finalizado até 2027.
“Essa ferrovia vai transformar cidades como Baturité e estados como o Piauí e o Ceará em polos de oportunidades”, disse o ministro Renan Filho.
Transporte de cargas e retomada em Pernambuco
Ao todo, 676 km já foram entregues e outros 281 km estão em execução. A expectativa é que, já em 2025, cargas como soja, milho e calcário comecem a circular do Piauí rumo ao Ceará e Pernambuco.
E Pernambuco também vai embarcar nesse progresso: o trecho entre Salgueiro e o Porto de Suape, com 544 km, foi reincluído no Novo PAC e terá R$ 450 milhões para retomar obras entre Custódia e Arcoverde e entre Cachoeirinha e Belém de Maria.
Um Nordeste sobre trilhos
A retomada da Transnordestina também conta com reforço de R$ 800 milhões via Finor e articulações no Congresso.
“Até julho, vamos liberar esse investimento com apoio do ministro Rui Costa”, adiantou Waldez Góes.
Por que isso importa?
Mais que obra, a Ferrovia Transnordestina representa progresso, emprego e um novo ciclo de desenvolvimento para o Nordeste. É o Brasil se conectando com o futuro — com o Nordeste na frente da locomotiva.