SÍNDROME DE TOURETTE: VEJA AS CAUSAS E SINTOMAS PARA A DOENÇA MARCADA POR TIQUES

À CNN Rádio, a neurologista especialista em distúrbios do movimento Joyce Yamamoto explicou que síndrome mistura sintomas neurológicos e psiquiátricos

Síndrome de Tourette é uma doença neuropsiquiátrica que combina “sintomas neurológicos e psiquiátricos”, conforme explicou a neurologista Joyce Yamamoto à CNN Rádio, no Correspondente Médico.

O Tourette ganhou mais atenção uma vez que artistas como Billie Eilish e Lewis Capaldi revelaram que tiveram o diagnóstico recentemente.

“É uma doença complexa, não são só tiques. Ela começa desde a infância e pode seguir até a idade adulta”, disse.

Os tiques, segundo a neurologista, “parece proposital, mas é semi-involuntário”: “O paciente consegue controlar parcialmente a realização, a pessoa sente um fenômeno premonitório, agonia no local, consegue parcialmente controlar, mas gera agonia quase incontrolável e, quando solta, sente alívio.”

A especialista em distúrbios do movimento afirmou que, embora ela seja caracterizada por esses tiques motores e vocais, “pode ter como comorbidades transtornos psiquiátricos.”

“É uma bola de neve, entre 80 e 90% dos pacientes possuem doenças associadas, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Obsessivo Compulsivo, ansiedade, síndrome do pânico e depressão.”

Causas do Tourette

Há uma “mistura de causas” para a doença.

“O risco é genético, embora não seja um gene sozinho, com uma pré-disposição com fatores de risco não identificados”, disse Joyce.

O que isso significa é que o cérebro funciona como uma rede de circuitos, com neurotransmissores que fazem funcionamento adequado, e esse circuito, embora preservado, deixa de funcionar.

Tratamento e diagnóstico

O diagnóstico é clínico, ou seja, não há um exame que identifique a doença, cabe ao profissional perceber os sintomas.

Já o tratamento é “multidisciplinar”: “Envolve médico neurologista, psiquiatra, família, ambiente onde está e a psicoterapia.”

“Tourette tem tratamento, mas é ao longo do tempo, não é agudo, em que se dá um remédio e acabou”, completou.

Por Amanda Garcia, da CNN
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