As ordens de evacuação são geralmente um sinal de iminentes ataques de Israel contra os palestinos
O exército israelense lançou na manhã desta terça-feira (2) uma série de bombardeios contra Khan Younis, no sul de Gaza, após emitir ordens de evacuação.
Oito pessoas foram mortas e mais de 30 ficaram feridas em Khan Younis e arredores após esses ataques, de acordo com uma fonte médica e o Crescente Vermelho Palestino, informa o canal Hispan TV.
Na segunda-feira, o porta-voz do exército de Israel, coronel Avichay Adraee, publicou no X uma lista com os bairros que devem ser evacuados, entre os quais se encontram Bani Suhaila, Al-Qarara e Abasan. “Para sua segurança, deve evacuar imediatamente para a zona humanitária”, indicou.
A mensagem não especificou a área para onde os palestinos devem ir, a maioria deles refugiados que se deslocaram para essa zona do sul há várias semanas, escapando dos perigosos ataques sionistas em outras partes do enclave.
Essas ordens de evacuação são geralmente um sinal de iminentes ataques terrestres por parte da feroz máquina de guerra de Israel, cujas autoridades pedem aos palestinos para se deslocarem de uma área para outra, definida como “segura”, mas que finalmente é alvo de ataques sionistas.
De fato, um residente de Bani Suhaila, Ahmad Najja, declarou que “após a ordem de evacuação, as pessoas estão dominadas por um medo e uma ansiedade intensos. Há muitos deslocamentos de residentes”, disse.
Grande parte de Khan Younis foi destruída em um longo assalto no início deste ano, mas um grande número de palestinos se dirigiu a essa cidade para escapar de outra ofensiva israelense na cidade mais ao sul de Gaza, Rafah, no início de maio.
Israel ordena evacuar residentes de mais áreas em Rafah Na semana passada, o exército israelense ordenou a evacuação do distrito de Shuyaiya, no norte de Gaza, e logo depois ocorreram intensos combates.
Israel lança uma invasão aterrorizante contra Shuyaiya em Gaza A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza fugiram de suas casas e muitos deles se viram deslocados várias vezes. As restrições israelenses, os combates e a desordem pública dificultaram a entrega de ajuda humanitária, alimentando a fome generalizada e gerando temores de fome.
Desde 7 de outubro, o número de palestinos mortos se aproxima de 38.000 e o de feridos supera os 87.000, a maioria mulheres e crianças.