A ex-companheira do homem que morreu ao detonar uma carga explosiva em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (13), Daiane Dias, foi transferida do Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul (SC), para o Hospital e Maternidade Tereza Ramos, em Lages (SC), na noite de domingo (17). Daiane, de 41 anos, sofreu queimaduras graves após ser atingida pelas chamas que destruíram a casa de seu ex-companheiro, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, na manhã de domingo. Ela foi socorrida por vizinhos e levada ao hospital, mas precisou ser transferida devido à gravidade das lesões. O estado clínico dela não foi divulgado. A Polícia Civil e a Polícia Federal (PF) investigam o incêndio, com testemunhas afirmando que Daiane teria lançado gasolina e provocado o fogo.
O atentado ocorrido na quarta-feira foi protagonizado por Francisco, que tentou entrar no STF com explosivos. Após ser abordado pelos seguranças, ele atirou os artefatos em direção à escultura “A Justiça” e acionou um explosivo em seu corpo. Mais explosivos foram encontrados na casa onde ele estava hospedado e em seu carro em Ceilândia. A PF trata o caso como terrorismo e investiga se Francisco agiu sozinho. Ele foi candidato a vereador em 2020 e, nos últimos anos, se envolveu com protestos políticos. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, apontou que o atentado foi alimentado pela polarização política.