EUA EXIGEM QUE UCRÂNIA NÃO ATAQUE REFINARIAS DE PETRÓLEO RUSSAS

Ataques à infraestrutura energética da Rússia pode aumentar os preços globais do petróleo e provocar retaliações, avalia Washington

Sputnik – De acordo com três fontes ouvidas pelo Financial Times, o governo norte-americano instou a Ucrânia a interromper os ataques à infraestrutura energética da Rússia, alertando que os ataques com drones correm o risco de aumentar os preços globais do petróleo e provocar retaliações.

Os repetidos avisos de Washington, que foram entregues a altos funcionários do serviço de segurança EUA, instaram Ucrânia a suspender ataques às refinarias de petróleo russas, afirma a mídia britânica

Uma das fontes afirmou que a Casa Branca está cada vez mais frustrada com os descarados ataques de drones ucranianos que atingiram refinarias de petróleo, terminais, depósitos e instalações de armazenamento no oeste da Rússia.

Washington também teme que, se Kiev continuar a atacar instalações russas, incluindo muitas que estão a centenas de quilômetros da fronteira, Moscou possa retaliar atacando as infraestruturas energéticas em que o Ocidente confia, escreve a mídia.

Isso inclui o oleoduto CPC que transporta petróleo do Cazaquistão através da Rússia para o mercado global. Empresas ocidentais, incluindo a ExxonMobil e a Chevron, utilizam o gasoduto.

“Não encorajamos nem permitimos ataques dentro da Rússia”, disse um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA ao jornal britânico.

As objeções norte-americanas surgem em um momento em que Joe Biden enfrenta uma dura batalha pela reeleição neste ano, com os preços da gasolina em alta, aumentando quase 15% neste ano, para cerca de US$ 3,50 (R$ 17,9) por galão.

“Nada aterroriza mais um presidente americano em exercício do que um aumento nos preços nas bombas durante um ano eleitoral”, disse Bob McNally, presidente da consultoria Rapidan Energy e ex-conselheiro de energia da Casa Branca, citado pela mídia.

A Rússia continua a ser um dos mais importantes exportadores de energia do mundo, apesar das sanções ocidentais ao seu setor de petróleo e gás.

Os preços do petróleo subiram cerca de 15% neste ano, para US$ 85 (R$ 424) por barril, aumentando os custos dos combustíveis.

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