Na manhã de ontem (12/2), aconteceu um incêndio de grandes proporções na fábrica Maximus confecções. A indústria está localizada no bairro de Ramos, zona norte do Rio de Janeiro. O fogo começou por volta das 7h30 da manhã. Na hora havia em torno de 30 pessoas dormindo e o primeiro turno com uma média de 40 pessoas estavam na produção. A empresa tem em torno de 100 trabalhadores divididos em turnos, funcionando na preparação do carnaval em regime ininterrupto, ou seja, 24 horas. Para escapar do incêndio algumas pessoas se jogaram do 2º andar. 17 pessoas foram resgatadas e 21 hospitalizadas no hospital Getúlio Vargas, na Penha. Duas pessoas em estado grave.
Sessenta por cento das camisetas e fantasias confeccionadas para a série ouro são feitas na fábrica Maximus. Com o incêndio comprometeu o carnaval do grupo de acesso que desfila na Marquês da Sapucaí.
A prefeitura e a Liga RJ, comentaram do impacto que o incêndio causou no planejamento das escolas, desestruturando a cadeia produtiva do carnaval. As escolas mais afetadas não serão rebaixadas.
As escolas que mais tiveram prejuízos são: Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu. Todas as fantasias estavam sendo confeccionadas na fábrica.
Porto da Pedra, União do Parque Acari, União da Ilha do Governador e Arranco do Engenho de Dentro, só queimaram algumas confecções de alas. Vai ter tempo hábil para refazer as fantasias queimadas.
Quando acontece incêndio dessa natureza, quase sempre a negligência é a causa determinante. No caso da Fábrica de confecções Maximus o espaço não foi adaptado para funcionar uma fábrica daquele porte. Os funcionários com mais de uma jornada e com péssimas condições de trabalho .No caso especifico da indústria do carnaval a mão de obra é sempre explorada em termo de horas trabalhadas, Baixa remuneração e estrutura inadequada de trabalho.
por Amaury de Oliveira