ESCOLA DE SAMBA E CARNAVAL: ESPAÇOS DE RESISTÊNCIAS E IDENTIDADE POPULAR

O Carnaval é a maior expressão cultural Brasileira. É sinônimo de identidade cultural da população. Impulsiona a economia através da cadeia de produção da maior festa a céu aberto do planeta. O carnaval
expressa uma diversidade de ritmos, cores e estéticas que é traduzido através das marchinhas, samba, frevo, axé, maracatu e tantos outros sons que compõem a festa que ocorre nas ruas, nos desfiles das escolas de samba, nos blocos, trio elétricos, impactando multidões de todo o mundo. O Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), reconheceu o conjunto de expressões musicais do Carnaval, tornando – o Patrimônio Cultural Imaterial. O carnaval é o símbolo da diversidade e de resistência entrelaçada em diferentes culturas. Na batida do tambor, no passo da dança emerge a singularidade de vários Brasis.

A relação do sambista com a escola de samba, passa pela relação de pertencimento, fruto da herança dos seus ancestrais. Seguindo uma linha do tempo que vêm da África, passando pelos quilombos, terreiros, grupos de Capoeiras, os clubes negros, são espaços, territórios de sociabilidade. Na contemporaneidade, as Escolas de Samba que segue a lógica das tradições africanas, cultuando o afeto, acabando com
a desumanização do indivíduo na busca da preservação da vida. Geralmente o sambista de berço, foi e é criado em um ambiente permeado pela tradição familiar de seus pais ou uma outra referência da família. Seguindo o rito, passando pôr vários cargos na agremiação do coração, sendo o detentor do capital cultural da escola. A cultura do samba é passada de forma oral tendo os griôs papel importante na socialização das informações.

O carnaval tem um impacto cultural e social além de ter impulsionamento na cadeia produtiva, tendo repercussão positiva, gerando uma economia de 3,5 bilhões nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo o terceiro maior PIB (produto interno bruto) cultural da América Latina, gerando milhares de empregos diretos.

por Amaury Oliveira

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