Decisão foi tomada pelo TJRJ, que entendeu que instituição e os profissionais não tomaram as medidas necessárias para proteger a vítima, um ex-aluno
Rio – A Escola Americana, um diretor e uma professora da instituição foram condenados a pagarem uma indenização de R$ 30 mil por danos morais a um ex-aluno do colégio, que foi vítima de cyberbullying. A decisão judicial foi tomada pela 18ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Os pais da vítima, que não teve sua identidade revelada, também vão receber uma reparação no valor de R$ 15 mil cada.
De acordo com a ação, um colega de turma, filho de uma professora do colégio, criou uma conta fake em uma rede social com o nome da vítima e ameaçou diversos alunos, o que fez o jovem sofrer ameaças e ser excluído socialmente dentro do ambiente escolar.
Segundo os pais da vítima, a Escola Americana conduziu o caso de forma omissa e o diretor do local mentiu sobre a postura da colégio, omitindo fatos importantes. Eles alegam, ainda, que a professora e mãe do acusado, se aproveitou da autoridade para constranger o alvo de agressões.
O desembargador Cláudio de Mello Tavares acatou a denúncia contra os réus. “Não há notícia da ação de medidas claras e efetivas, pela escola, para combate ao bullying sofrido pelo primeiro autor, ou para reparação ou mediação entre os envolvidos. Em suas manifestações defensivas, a primeira ré limitou-se a alegar que não cometera qualquer ilícito, que o acontecido era nada mais do que uma “brincadeira de adolescentes visando atrair a atenção das meninas da classe” e que o primeiro autor e seus genitores tinham o intuito de promover um “linchamento” do aluno que havia praticado os atos”, declarou.
Por Extra