Deputada aponta “novos fatos criminosos” de Valadão e diz que a atitude do pastor confronta a tese do Supremo Tribunal Federal que equiparou a homotransfobia ao crime de racismo
– A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com uma nova representação no Ministério Público contra o pastor evangélico André Valadão após ele ter dito, durante um culto neste domingo (2), que Deus mataria as pessoas da comunidade LGBTQIA+ “se ele pudesse”.
A denúncia da deputada aponta que a fala de Valadão representa “incitação direta aos seus fiéis relacionada à morte de pessoas LGBT”. A representação entra no âmbito de uma outra ação de Erika contra o pastor, datada de 5 de junho deste ano, em que ela o denunciou por LGBTfobia após ele ter feito um culto com o tema “Deus odeia o orgulho”, em pleno mês do orgulho LGBTQIA+. No culto em questão, Valadão afirmou que o assunto se trata de “impureza sexual”, e que ele precisa “ter ódio daquilo que Deus não criou de forma natural”, de acordo com o portal Congresso Em Foco.
Na representação de hoje, Erika se refere à conduta do pastor como “novos fatos criminosos” e diz que a atitude de Valadão confronta a tese do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou a homotransfobia ao crime de racismo. Desta forma, a deputada apontou a necessidade da instauração de um procedimento para apurar a responsabilidade criminal do pastor.