Três militares “kids pretos” são suspeitos de planejar o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
A Operação Contragolpe, deflagrada na manhã desta terça-feira (18) pela Polícia Federal, prendeu três militares do grupo de elite do Exército, chamados de “kids pretos”, informa a CNN. Eles teriam planejado o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Kids pretos” é o nome dado aos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Eles são treinados para atuar em missões sigilosas, ambientes hostis e politicamente sensíveis. Esse grupo pode passar pelos treinamentos intensivos em três lugares diferentes: Comando de Operações Especiais, em Goiânia, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, no Rio, ou podem completar a formação em Manaus, na 3ª Companhia de Forças Especiais.
O programa de formação desse grupo militar existe desde 1957, e foi inspirado no curso “Ranger” com destaque para o Batalhão de “Special Forces”, a principal unidade de infantaria leve e força de operações especiais dentro do Comando de Operações Especiais do Exército dos Estados Unidos.
O curso dura, em média, 23 semanas, e ensina táticas específicas para operações especiais. Segundo Centro de Instrução de Operações Especiais (CiOpEsp) atuação dos “kids pretos” visa a consecução de objetivos políticos, econômicos, psicossociais ou militares relevantes, preponderantemente, por meio de alternativas militares não convencionais”.
O apelido “kids pretos” se deve ao fato desses militares utilizarem gorros pretos em operações. Eles são considerados especialistas em guerras não convencionais, reconhecimento especial, operações contra forças irregulares e contra terrorismo.
Os quatros militares presos nesta terça foram identificados como o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. O agente federal Wladimir Matos Soares também foi preso pela suspeita de participar da trama golpista.
Brasil 247