EMPRESAS LIGADAS AO DOUTOR LUIZINHO TÊM CONTRATOS SEM LICITAÇÃO COM A FUNDAÇÃO SAÚDE

Duas empresas pertencentes a famílias influentes em Nova Iguaçu têm contratos ativos com a Fundação Saúde e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, muitos deles firmados sem licitação durante a gestão do deputado federal Doutor Luizinho (PP) como secretário de saúde.
Uma das empresas, parte do Grupo Sahione, recebeu os primeiros pagamentos do governo em outubro de 2022. Três meses antes, seus proprietários foram homenageados por Luiz Antônio Teixeira, pai de Doutor Luizinho, destacando a tradição da família Sahione na região. Tia Gláucia, sócia do Laboratório de Análises Clínicas São José, foi mencionada por Teixeira em seu discurso.
A amizade entre os Sahione e os Teixeira é histórica e se estende por gerações, conforme uma foto revelada pelo RJ2 mostra Carlos Sahione ao lado de Luiz Antônio Teixeira há mais de 30 anos. Enquanto isso, a Fundação Saúde pagou mais de R$ 10 milhões ao laboratório sem realizar licitações, utilizando Termos de Ajuste de Contas (TACs) e indicando descontrole nos gastos.

Além da falta de transparência nos serviços prestados, como a ausência de dados dos pacientes em relatórios de exames, os pagamentos seguem em andamento mesmo após a gestão de Luizinho ser substituída devido a uma crise envolvendo transplantes de órgãos infectados por HIV.
Outra família com laços a Doutor Luizinho, os Mentrop, também se beneficia de contratos com a Fundação Saúde. Responsáveis pelos laboratórios Palmar Lab e Centro Médico Dom Walmor, já receberam mais de R$ 50 milhões, sendo parte desse montante proveniente de contratos sem licitação.
A Fundação Saúde e os envolvidos negam qualquer favorecimento e afirmam que todos os contratos foram firmados de acordo com a legislação vigente. Contudo, a situação levanta preocupações sobre a transparência e a correta utilização dos recursos públicos.

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