Segundo empresários do setor de Turismo, o objetivo dos criminosos é revender as peças, que custam caro, no mercado clandestino.
“A verdade é que todos os funcionários, eles ficam bastante, com um clima muito tenso e isso independe de horário, seja pela manhã, à noite, de madrugada, o que seja e onde seja. Todos os nossos motoristas de van já estão com medo muito grande de operar esse tipo de carro, visto o risco imenso que nós temos hoje”, diz um empresário.
Os empresários contam que as quadrilhas chegam muito preparadas para o roubo. Além de usar armamento pesado, os bandidos já entram nas vans usando um aparelho para desbloquear o rastreamento do veículo. Tudo isso acontece em poucos minutos, e a empresa, proprietária da van, não consegue saber para onde ela foi levada.
De acordo com as empresas de turismo, as peças que são revendidas no mercado clandestino podem chegar a R$ 400 mil.
“As seguradoras também demoram muito tempo, a gente fica sem rodar. Diminui, um veículo a menos ou dois na frota. A gente tem um impacto muito grande na empresa, tem que passar para terceirização de veículo e realmente fica inviável o negócio.”
Em maio, funcionários de empresas fizeram um protesto nas principais vias expressas, chamando a atenção para o aumento de assaltos às vans e cobrando mais segurança.
Também no último mês, representantes do setor se reuniram com as polícias Civil e Militar e a secretaria de turismo do estado para discutir a criação de um plano de inteligência contra os roubos.
Recentemente, a PM fez uma ação de desmanche em que foram apreendidas diversas peças de veículos na comunidade do Mandela-Arará. E prendeu uma quadrilha suspeita de envolvimento nos crimes, na Avenida Brasil.
Mas, para os funcionários do setor, a fiscalização ainda não é suficiente.