Levantamento foi feito pela GloboNews via Lei de Acesso da Informação. Essa semana, um agente morreu baleado na porta de casa e outros policiais foram roubados ao entrarem por engano em favela. Agentes de nove estados estão atuando no Rio de Janeiro desde o dia 16 de outubro.
A Força Nacional vem atuando na segurança pública do Rio de Janeiro desde o dia 16 de outubro e até o momento não efetuou nenhuma apreensão de armas de fogo ou drogas. A operação autorizada pelo Ministério da Justiça no estado já custou quase R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Ao todo, 300 homens e mulheres de nove estados foram deslocados para o Rio de Janeiro com o objetivo de atuar nas rodovias que cortam o estado, sob a liderança da Polícia Rodoviária Federal, com o objetivo de impedir a entrada de armas e drogas.
Diante da crise na segurança pública fluminense, a operação do Ministério da Justiça foi autorizada após pedido de apoio do governador Cláudio Castro (PL), em meio à escalada da violência no estado.
Para o trabalho, o Governo Federal gastou mais de R$ 3,5 milhões só com os novos equipamentos: Carabinas, espingardas, fuzis, granadas, pistolas e muita munição. Já o pagamento de diárias dos agentes, custou aos cofres do Governo Federal mais de R$ 3,6 milhões.
Na opinião de Rafael Alcadipani, especialista em segurança pública, o custo-benefício da operação da Força Nacional no Rio de Janeiro não é positivo.
“A gente gasta muito e gasta muito mal em segurança pública. Isso é mais um exemplo do que tá acontecendo. A Força Nacional em particular é um exemplo de você ter gastos volumosos para ter uma efetividade muito baixa”, disse Rafael.
“É um dinheiro que poderia ser melhor gasto se você recompor o efetivo da Polícia Rodoviária Federal ou da própria Polícia Federal”, completou o especialista.
7 caminhões revistados em 1 mês
Segundo a direção da Força Nacional, os agentes que atuam no Rio de Janeiro fizeram mais de 10 mil abordagens a veículos e pedestres no primeiro mês de trabalho. Contudo, apenas 7 caminhões foram parados e revistados nesse período.
Até o momento, os agentes não apreenderam armas ou drogas durante a operação no estado. O levantamento, feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), aponta duas prisões e um menor apreendido por tentativa de assalto.
Por Marcelo Bruzzi, GloboNews