Sepetiba, Guaratiba e a Praia da Reserva são áreas de risco; especialista destaca desafios e custos crescentes
Áreas de Sepetiba, Guaratiba e a Praia da Reserva enfrentam a ameaça de ficarem submersas até 2030, segundo um alerta da Climate Central, ONG formada por cientistas e jornalistas que pesquisam mudanças climáticas.
Impacto no Rio de Janeiro: As áreas afetadas incluem Recreio dos Bandeirantes, as ilhas do Governador e Paquetá, além de cidades da Região dos Lagos e da Costa Verde.
Desafios urbanos: Infraestruturas urbanas como calçadas, ruas, píeres e atracadouros, bem como moradias e comércios de praia, já enfrentam destruição. Prefeituras recorrem a medidas paliativas, aumentando os custos financeiros para os cofres públicos.
Previsões alarmantes: O nível do mar pode subir entre 60 cm e mais de 2 metros durante o século XXI, com impactos já sentidos na próxima década.
Legenda: Mapa mostra as áreas de Sepetiba a Guaratiba que podem ficar submersas até 2030, destacadas em escuro.
Mapa mostra as áreas de Sepetiba a Guaratiba que podem ficar submersas até 2030, destacadas em escuro.
Desafios e Custos Crescentes
O ambientalista Sérgio Ricardo já chamou a atenção para os impactos que a elevação do nível do mar pode causar na orla marítima do Rio de Janeiro. “A destruição da faixa litorânea e de infraestruturas urbanas, como calçadas, ruas, píeres e atracadouros, bem como moradias e comércios de praia, já é uma realidade. As prefeituras estão recorrendo a medidas paliativas e reconstruções frequentes, mas os custos financeiros são cada vez maiores para os cofres públicos”, ressalta Ricardo.
Especialistas preveem cenários pessimistas para a região, com pouca ação sendo tomada para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O recente evento trágico no Rio Grande do Sul evidenciou a fragilidade da infraestrutura local e trouxe novamente à tona a discussão sobre a elevação do nível do mar.
Consequências Econômicas e Políticas
Segundo dados publicados na revista científica Nature, a ameaça do aumento do nível do mar pode ter profundas consequências econômicas e políticas ainda durante a vida da atual geração. Até 2100, áreas costeiras onde hoje vivem cerca de 200 milhões de pessoas serão gravemente afetadas.
Os dados do Climate Central revelam que a altura das regiões costeiras é significativamente menor do que se pensava anteriormente, resultando em previsões alarmantes. O nível do mar pode subir entre 60 cm e mais de 2 metros durante o século XXI, com impactos já sentidos na próxima década.