Jornalista aponta riscos do modelo de pulverização do capital adotado pela Eletrobrás privatizada
– O jornalista Luis Nassif, do portal GGN, descreveu em um artigo os riscos enfrentados pela gestão da 3G na Eletrobrás, apontando similaridades com o ocorrido nos Estados Unidos com a empresa de aviação Boeing. Enquanto a Boeing era reconhecida por seu padrão de qualidade e segurança, essa reputação começou a decair após sua “pulverização” no mercado financeiro. O modelo “corporation”, adotado na Eletrobrás, é o mesmo que se alastrou pelos EUA.
“Passa, então, a impor cortes em tudo o que pudesse comprometer o pagamento de dividendos. Reduz os controles de qualidade, de segurança, deixa de investir em novas tecnologias, resolve privilegiar a recauchutagem de modelos mais baratos e esconde qualquer implementação que pudesse exigir treinamento dos futuros pilotos. As consequências são trágicas: dois acidentes seguidos que matam mais de 300 pessoas”, escreve Nassif.
No caso da Eletrobrás, aponta Nassif, “o jogo começou na gestão Wilson Ferreira Junior. Houve várias operações de redução de quadros; acabaram com as pesquisas internas; reduziram os sistemas de segurança e de manutenção; acabaram com todos planos de investimento”. “Os desdobramentos podem ser catastróficos”, destaca.