ELEIÇÕES NO EQUADOR TERÃO SEGUNDO TURNO EM 15 DE OUTUBRO

Luisa González prometeu fazer do ex-presidente Rafael Correa uma figura central em seu governo

Próxima do ex-presidente Rafael Correa, a candidata Luisa González conquistou ontem 33% dos votos nas eleições presidenciais do Equador, contra 24% do ex-deputado Daniel Noboa.

Luisa prometeu usar US$ 2,5 bilhões das reservas internacionais para sustentar a economia em dificuldades se for eleita e trazer de volta os programas sociais implementados por Correa – que já foi condenado por corrupção – durante seu período de uma década no poder.

“Mão firme contra o crime, contra a violência e contra as gangues criminosas, mas uma mão solidária e de amor ao nosso povo”, disse, no comício de quarta-feira, no qual Correa participou remotamente do México. “Vamos assumir o controle do país. É hora de erguer a pátria com dignidade.”

Como no país, um candidato precisa obter 50% dos votos, ou 40% se estiver 10 pontos à frente de seu rival mais próximo, para ser eleito no primeiro turno, os equatorianos volta às urnas no dia 15 de outubro.

A insegurança no país se tornou trágica na semana passada, quando Fernando Villavicencio, ex-jornalista investigativo e parlamentar, foi morto a tiros enquanto saía de um evento de campanha.

Os candidatos, que reforçaram a segurança e mantiveram suas agendas limitadas desde o assassinato, estavam realizando comícios e outros eventos em todo o país.

O candidato ambientalista indígena Yaku Perez, que ficou entre os cinco primeiros dos oito candidatos nas últimas pesquisas, prometeu um governo do povo durante uma manifestação matinal em Quito.

Os candidatos empresários Otto Sonnenholzner e Jan Topic planejaram comícios em Guayaquil, onde a violência é intensa, e ambos prometeram reativação econômica e segurança.

O partido de Fernando Villavicencio tinha programado um memorial em Quito em homenagem ao candidato morto na semana passada. Seu substituto, Christian Zurita, cuja candidatura foi oficialmente aprovada pelo conselho eleitoral na noite de quarta-feira, prometeu equipar melhor a polícia e consagrar protocolos de inteligência para combater o crime, usando empréstimos internacionais para fortalecer programas sociais.

Na Guatemala, Bernardo Arévalo venceu o segundo turno das eleições presidenciais, também nesse domingo (20), com 59% dos votos, acima dos 36% ex-primeira-dama Sandra Torres.

O acadêmico será o primeiro presidente com uma visão progressista a liderar o país centro-americano, longe da natureza conservadora dos antecessores no cargo.

Com caráter amplamente conciliador, Arévalo de León torna-se presidente depois de um surpreendente primeiro turno das eleições de 25 de junho, em que ficou em segundo lugar, quando as pesquisas o colocavam em sétimo ou oitavo.

O candidato do Movimiento Semilla (Movimento Semente) ultrapassou Sandra Torres Casanova por ampla margem de votos.

Por Redação – Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters e a RTP

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