A partir de quinta-feira, 26 de setembro, os trabalhadores das escolas municipais de Cabo Frio iniciarão uma greve por tempo indeterminado. O movimento começará com um ato público em frente à Prefeitura às 8h, seguido de uma caminhada até a Câmara Municipal às 10h. Essa mobilização é uma resposta à tentativa da gestão da prefeita Magdala Furtado (PV) e do secretário de educação Rogério Jorge de terceirizar a merenda escolar, um processo que, segundo os profissionais de educação, pode resultar no desvio de quase R$ 50 milhões dos recursos destinados à educação.
Os trabalhadores alertam que a terceirização permitirá que uma empresa de fora do estado, sem um histórico confiável, assuma as cozinhas das escolas, levando à exploração de mão de obra precária e fornecimento de alimentos de qualidade inferior. Além disso, essa medida impede que os servidores da educação realizem suas refeições nas escolas, o que é considerado um ataque à dignidade dos profissionais.
Além das questões relacionadas à merenda, os educadores destacam diversos problemas enfrentados no município, como a falta de reajuste salarial nos últimos dois anos, um calote de R$ 6 milhões em resíduos trabalhistas, e condições precárias de trabalho, com muitas escolas sem climatização e com infraestrutura deficiente.
As principais reivindicações da greve incluem a suspensão da terceirização da merenda escolar, exigindo que a alimentação seja de qualidade, preparada por servidores concursados, respeitando os direitos trabalhistas e as condições de trabalho. Também pedem um reajuste salarial imediato para corrigir as perdas inflacionárias dos últimos anos e a implementação de um Plano de Carreiras Unificado que valorize todos os profissionais da educação, garantindo direitos e melhores condições de trabalho.
O Sepe Lagos convoca a população de Cabo Frio e outras categorias de servidores a se unirem à greve e ao protesto, enfatizando a gravidade da situação e o impacto das atuais políticas na qualidade da educação pública no município.