DÓLAR VOLTA A OPERAR EM ALTA E BATE R$ 5,53, COM JUROS AMERICANOS E FALAS DE LULA NO RADAR; IBOVESPA SOBE

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 1,20%, cotada em R$ 5,5188, no maior nível desde janeiro de 2022. Já o principal índice acionário da bolsa encerrou em alta de 0,25%, aos 122.641 pontos.

O dólar teve um dia volátil, iniciando em queda e revertendo para alta nesta quinta-feira (27), influenciado por dados econômicos dos EUA e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos Estados Unidos, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram abaixo das expectativas, sinalizando força contínua na economia e potencial adiamento de cortes de juros. No cenário nacional, Lula afirmou que não indica o presidente do Banco Central para o mercado, mas para proteger os interesses brasileiros, o que impactou o mercado cambial.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operou em alta impulsionado por Petrobras e empresas de papel e celulose. Ainda sobre o BC, Lula mencionou Gabriel Galípolo como um candidato forte, porém sem definições sobre a presidência do Banco Central. Ele também destacou a revisão de gastos públicos para equilibrar as contas, garantindo que não afetará o salário mínimo nem benefícios sociais.

As incertezas em torno da política monetária do Brasil foram ampliadas pela ata do Copom, que indicou uma pausa nos cortes de juros e uma postura vigilante diante das pressões inflacionárias. A diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, reforçou a estabilidade dos juros nos EUA, o que tende a desvalorizar o real frente ao dólar, dadas as expectativas de investimentos em economias desenvolvidas.

O mercado aguarda os próximos dados do índice PCE dos EUA para reforçar as projeções inflacionárias e a postura do Fed, enquanto observa as repercussões das declarações de Lula sobre o cenário econômico nacional.

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