Eletrobrás está tentando um acordo com a o governo federal, onde ofereceria entre duas e quatro cadeiras no Conselho de Administração da empresa para pôr fim ao questionamento
A ação do governo Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona trechos do processo de privatização da Eletrobrás tem provocado um clima de desespero na cúpula da companhia. Diretores, conselheiros e acionistas como o 3G Radar de Jorge Paulo Lemann criaram escritório de crise para tentar conter as iniciativas do presidente Lula e da Advocacia Geral da União (AGU) para ter direito ao voto proporcional à quantidade das ações que o Estado Brasileiro tem na Eletrobras, que é de 43%.
A Eletrobrás está tentando um acordo com o governo federal, onde ofereceria entre duas e quatro cadeiras no Conselho de Administração da empresa para pôr fim ao questionamento feito no STF através da ADI 7385, segundo a CNN.
Para o Coletivo Nacional de Eletricitários, o ponto central da disputa não está exatamente nos assentos no Conselho de Administração da Eletrobrás. Por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), a União afirma que a limitação de 10% do poder de voto, prevista na lei 14.182/21, não pode se aplicar a ela, já que no momento da privatização, a União possuía mais de 10% das ações ordinárias e, portanto, teve mais de 30% de destas ações com direito a voto esterilizadas, sem nenhuma indenização por isso.
“Não se trata, portanto, de uma disputa por vagas no conselho de administração. Claro que uma das consequências da retomada dos direitos societários da União será o poder de indicar pessoas e influenciar nos rumos da empresa, mas a questão é muito mais profunda! Os 43% de ações da União na Eletrobras não pertencem ao governo, mas sim ao Estado Brasileiro e cabe a qualquer governo zelar por esse patrimônio, não podendo renunciar a ele graciosamente como fez a famigerada gestão Bolsonaro/Guedes/Bento”, afirmam os eletricitários.
Por redação