A saída de dezenas de representantes marca o crescente repúdio global a Israel diante do genocídio palestino e dos ataques ao Líbano
Em um movimento de protesto que chamou atenção mundial, dezenas de diplomatas foram vistos deixando o plenário da Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27), enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se preparava para iniciar seu discurso na 79ª sessão do órgão, segundo relatos da agência Sputnik.
O protesto ocorreu em meio a um crescente repúdio global a Israel em decorrência do genocídio do povo palestino que promove na Faixa de Gaza e dos recentes ataques ao Líbano, mirando o Hezbollah. Netanyahu tem enfrentado duras críticas após uma nova onda de violência no Líbano, desencadeada pela operação israelense “Northern Arrows” (Setas do Norte), que bombardeou as regiões sul e leste do país vizinho. Em resposta, o Hezbollah lançou dezenas de foguetes contra o norte de Israel, intensificando o confronto.
A comunidade internacional tem demonstrado preocupação crescente sobre o impacto humanitário do conflito, especialmente no Líbano, onde civis são as maiores vítimas. Organizações como as Nações Unidas pedem um cessar-fogo imediato, mas as hostilidades seguem sem sinais claros de trégua.
A saída em massa de diplomatas durante o discurso de Netanyahu na ONU é um reflexo claro do descontentamento global em relação à postura de Israel diante da crise. O protesto pacífico, mas altamente simbólico, destaca a divisão de opiniões no cenário internacional sobre as ações militares de Israel, bem como a impaciência em relação a uma solução diplomática que pareça distante no horizonte.
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