Levantamento encomendado pela CNI indica que mais da metade dos brasileiros endividados (56%) acredita que vai conseguir limpar o nome ainda este ano
De acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 81% dos brasileiros aprovam o programa Desenrola Brasil. Os maiores índices de aprovação estão entre as mulheres (83%), na população de 25 a 40 anos (85%) e nas pessoas com renda de dois a cinco salários mínimos (85%). O jornal O Estado de S. Paulo divulgou dados preliminares da pesquisa nesta terça-feira (24). O governo Lula lançou o programa de renegociação de dívidas em julho.
Conforme a pesquisa, a maioria das pessoas que estão com com nome “sujo” (63%) pretende se beneficiar do programa. Nesse sentido, mais da metade dos brasileiros endividados (56%) acredita que vai quitar suas dívidas e limpar o nome ainda este ano.
Para realizar o levantamento, o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (Ipri), da FSB Holding, ouviu 2.004 pessoas acima de 16 anos, entre 14 a 19 de setembro, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Otimismo com o futuro
Ao mesmo tempo, a pesquisa também revelou otimismo da população com a evolução do quadro econômico. Nesse sentido, 53% dos brasileiros afirmam que a economia vai melhorar nos próximos seis meses. Para 22% da população, a situação tende a piorar e 21% acreditam que nada deve mudar.
A avaliação sobre o momento atual é menos positiva, no entanto. Isso porque 38% dizem que a situação atual da economia é ruim ou péssima, enquanto 36% afirmam que é regular. Por outro lado, 24% da população considera boa ou ótima. A percepção varia conforme a região. No Nordeste, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom. No Sul, 43% afirmam que a situação é ruim ou péssima.
Entretanto, 45% da população considera que a situação já foi pior, e que a economia melhorou nos últimos seis meses. Até mesmo entre os que consideram a situação atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.