DESEMPREGO SOBE EM 15 ESTADOS E NO DF NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2023, DIZ IBGE

Aumento da desocupação e a queda da ocupação, de forma simultânea, resultaram no crescimento da taxa de desocupação nas grandes regiões

A taxa de desemprego no Brasil subiu em 16 das 27 Unidades da Federação no primeiro trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos demais estados, a taxa ficou estável.

Segundo o IBGE, o aumento da desocupação e a queda da ocupação, de forma simultânea, resultaram no crescimento da taxa de desocupação nas grandes regiões.

Os estados com as maiores taxas de desocupação foram Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Na outra ponta estão Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%). 

Com isso, a taxa de informalidade voltou aos 39% da população ocupada, o que equivale a 38,1 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, a taxa era de 38,8%, mas estava em 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.

A Pnad Trimestral revela que as maiores taxas de informalidade ficaram com Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%). As menores, com Santa Catarina (26,1%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,6%).

Por outro lado, 74,1% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada no 1º trimestre de 2023. As regiões Nordeste (58,9%) e Norte (57,6 %) apresentaram as menores taxas.

Já o estado com maior percentual de trabalhadores com carteira assinada é Santa Catarina, com 88,2%. Em seguida, estão Rio Grande do Sul (82,2%) e São Paulo (81,1%).

Entre os trabalhadores domésticos, apenas 26,1% tinham carteira de trabalho assinada no país, contra 25% no mesmo período do ano anterior.

Níveis de ocupação

O IBGE mostra também que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chamado nível de ocupação, chegou a 56,1%. Trata-se de uma queda de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (57,2%). Na comparação anual, ainda há alta de 1 p.p. (55,2%).

O contingente fora da força de trabalho foi estimado em 67 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2023. O incremento foi de 1,1 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, subiu em mais de 1,5 milhão.

Segundo Beringuy, do IBGE, o aumento de pessoas fora da força de trabalho permaneceu nas últimas divulgações de desemprego, mas não está relacionado a um aumento da população na força de trabalho potencial ou no desalento, que mostram estabilidade no trimestre e queda no ano.

Já a taxa de subutilização — percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada — foi estimada em 18,9%. É uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (18,5%) e uma queda na comparação anual (23,2%).

Por- Metrópoles

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