Na manhã do dia 20 de março de 2025, o Centro do Rio de Janeiro foi palco de mais uma tragédia anunciada. Um casarão antigo, localizado na Rua Senador Pompeu, desabou repentinamente. Os escombros soterraram um carro que passava pelo local, ceifando a vida de um cidadão que, segundo relatos, sofreu traumatismo craniano. A cena chocante estampou manchetes e reacendeu o alerta sobre o estado crítico de diversos imóveis históricos na região central da cidade.
Esse, no entanto, não foi um caso isolado. No mesmo ano, a fachada de outro casarão veio abaixo na Avenida Mem de Sá, revelando a fragilidade das estruturas que compõem o cenário urbano e cultural da cidade. A vizinhança relatou rachaduras, paredes inclinadas e o constante temor de um novo colapso. Em janeiro, um telhado de um casarão na Rua Visconde do Rio Branco também desabou, expondo atividades ilegais no local e colocando vidas em risco.
Diante desse cenário preocupante, a deputada federal Chris Tonietto (PL/RJ) decidiu agir. Em 31 de março, seu gabinete encaminhou o Ofício GCT nº 041/2025 à Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Rio de Janeiro. No documento, a parlamentar exige providências e cobra respostas: quais ações estão sendo tomadas para evitar novas tragédias? Existe algum mapeamento dos imóveis em risco? O que foi feito após os desabamentos já ocorridos? Há cooperação com outras secretarias para preservar esse patrimônio e proteger a população?
Mais do que pedidos burocráticos, o ofício é um grito por socorro. A deputada solicita máxima atenção na apuração dos fatos e na intervenção imediata, especialmente em imóveis tombados e com sinais claros de deterioração. O apelo é claro: isolar áreas de risco, evitar novas vítimas, preservar a história.
Enquanto respostas oficiais ainda são aguardadas, moradores e transeuntes do Centro vivem sob a sombra de casarões que, embora majestosos em outros tempos, hoje ameaçam ruir. A memória do Rio de Janeiro clama por cuidado — e sua população, por segurança.
por Wellyngton Inácio