DEPOIS DO TURISMO E DA SAÚDE, CENTRÃO PRESSIONA AGORA PELO MINISTÉRIO DO ESPORTE

Os cotados do Centrão para assumirem a pasta são Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e Felipe Carreras (PSB-PE). Grupo diz que permanência de Ana Moser é “insustentável

– Em meio a descontentamentos com a atual ministra do Esporte, Ana Moser, o Centrão fez chegar ao Palácio do Planalto sugestões de nomes para assumir a pasta, informa Igor Gadelha, do Metrópoles. Um dos indicados foi o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Embora seja filiado a uma sigla que apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, Costa Filho sempre demonstrou alinhamento ao presidente Lula (PT). Seu pai, o ex-deputado Silvio Costa, chegou a ser líder do governo Dilma Rousseff na Câmara e foi um dos mais fervorosos defensores da petista durante o golpe de 2016.

Outro nome sugerido pelo Centrão ao Planalto foi o do deputado Felipe Carreras (PE), atual líder do PSB e relator da CPI das Apostas Esportivas. Carreras é próximo ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o que fortalece sua influência política.

O Centrão argumenta que a permanência de Ana Moser no cargo tornou-se “insustentável”. A ministra entrou na mira do grupo após impor restrições para receber parlamentares e vetar partes da Lei Geral do Esporte. Além do desconforto com a ministra, o Centrão está de olho no orçamento do ministério, que tem potencial para crescer com a regulamentação das apostas esportivas prometida pelo governo.

Dos dois indicados, ministros do Planalto afirmam que Silvio Costa Filho teria mais chances de assumir o cargo atualmente. No entanto, auxiliares de Lula afirmam que o Republicanos teria que aderir à base aliada para isso acontecer. Embora o partido seja ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, ele se declara “independente” no Congresso. No entanto, alguns parlamentares da sigla já fizeram indicações individuais para cargos no governo.

A busca pelo Ministério do Esporte é a terceira recente investida do Centrão sobre a Esplanada de Lula. O grupo político conseguiu pavimentar a demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro – apesar de ainda não ter sido formalmente substituída – e tentou tirar Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde, mas não obteve sucesso.

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