O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal contra a 777 Partners, focando em um possível caso de lavagem de dinheiro. De acordo com o site norueguês “Josimar Football”, a 777 e a A-CAP, a seguradora que assumiu o controle dos ativos da antiga controladora da SAF do Vasco, foram intimadas a prestar depoimentos sobre o caso.
A investigação, que começou há meses, pode afetar diretamente os clubes de futebol pertencentes à 777. A A-CAP já colocou todos os times à venda e há um receio de que o novo problema judicial possa afastar potenciais investidores. Os investigadores estão apurando se o dinheiro dos segurados da A-CAP foi investido de maneira correta, o que levanta ainda mais incertezas sobre a situação.
Além disso, um processo judicial que envolve a Leadenhall, fundo inglês, impacta as vendas dos clubes. A Leadenhall obteve uma liminar que impede a alienação dos ativos que antes pertenciam à 777. Assim, qualquer proposta de compra de um dos sete clubes da empresa precisa ser aprovada por esse fundo. Isso inclui, por exemplo, um acordo do dono da Roma, Dan Friedkin, para aquisição do Everton, que foi frustrado após a 777 investir 200 milhões de libras no clube. A transação precisa agora passar pelo tribunal norte-americano, já que Friedkin terá que pagar o empréstimo-ponte que a 777 fez ao Everton.
Enquanto a 777 enfrenta essas dificuldades legais, seus clubes têm dependido de injeções financeiras da A-CAP para se manterem. Porém, o Vasco, que recuperou o controle da SAF via Justiça, não tem essa obrigação, o que gera um cenário instável, já que as partes continuam disputando o controle do futebol, sem negociações avançadas no momento.