O debate sobre a chapa que vai ser encabeçada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL) nas eleições do Rio de Janeiro opôs os dois grupos do partido.
De um lado, a ala bolsonarista, que será encabeçada pelo filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, quer uma chapa pura, de alguém fiel e alinhado aos valores defendidos pela família.
O principal argumento é de que Bolsonaro ganhou a eleição de 2018 completamente isolado, por isso, não haveria necessidade de apoio.
Para eles, com a força eleitoral de Bolsonaro, que teve mais votos que Lula (PT) em 2022 na cidade, seria possível ancorar uma candidatura solo e levar o debate pro segundo turno num cenário polarizado.
A tese é rebatida pelos interlocutores do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que chamam a eleição de 2018 de “fenômeno isolado” e defendem uma aliança da direita para sustentar tempo de TV, recursos e mais cabos eleitorais.
Eles argumentam que poderiam trazer para a coligação o MDB, o União Brasil e o Progressistas (PP).
As informações foram apuradas com representantes dos dois grupos, que ainda disseram que há um nome que pode selar o armistício dos dois lados, o da deputada federal Chris Tonietto, que é alinhada ao núcleo bolsonarista raiz, pertence ao PL e, de quebra, ainda é uma mulher, o que agregaria à chapa.
Por ser deputada federal, ela não teria nada a perder caso Ramagem saísse derrotado. O ‘pulo do gato’ é o fato de a deputada ser ‘adorada’ por Valdemar. A decisão final caberá a Jair Bolsonaro e pode não ser tomada tão cedo