Desde o início do período eleitoral, a campanha foi marcada por acusações pessoais entre os candidatos e agressões físicas
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revela que mais da metade dos eleitores paulistanos considera que os problemas e soluções para a capital não foram discutidos de forma adequada pelos candidatos à Prefeitura de São Paulo. O levantamento, divulgado na sexta-feira (4), mostra que 53% dos entrevistados afirmam que os postulantes ao cargo de prefeito debateram os temas da cidade menos do que deveriam. A pesquisa foi encomendada pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo.
Ainda de acordo com o estudo, há uma parcela de 33% dos eleitores que acredita que os problemas e soluções para São Paulo sequer foram abordados pelos candidatos ao longo da campanha. Apenas 8% disseram que houve uma discussão suficiente sobre os temas centrais da cidade, enquanto 6% não souberam opinar. O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, com 1.806 eleitores da capital paulista. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-09329/2024. O primeiro turno das eleições municipais será realizado neste domingo (6).
Campanha marcada por ataques – Desde o início oficial da campanha eleitoral, em 16 de agosto, e a estreia da propaganda gratuita no rádio e na TV, em 30 de agosto, o debate público foi, muitas vezes, ofuscado por acusações pessoais entre os candidatos. Ao todo, foram realizados 11 debates promovidos por diversos veículos de comunicação, sendo o mais recente organizado pela TV Globo na quinta-feira (3). Esses eventos ganharam as manchetes mais pelos ataques verbais e até agressões físicas do que pela discussão de propostas para o município.
Essa polarização entre os candidatos e a ausência de um debate mais profundo sobre os problemas da cidade são refletidas nos números da pesquisa. Segundo o Datafolha, 59% dos eleitores dizem ter informações suficientes para decidir o voto no primeiro turno. No entanto, 26% afirmam que ainda precisam pesquisar mais para formar uma opinião final, enquanto 14% consideram que receberam poucas informações para embasar sua escolha.
Por 247