Presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, na semana passada, planos para reforma ministerial neste momento
A crise na articulação política e as sucessivas divergências que atingem o núcleo central do governo elevaram nas últimas semanas as pressões por uma dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou na semana passada os planos de fazer uma reforma ministerial neste momento.
Mas cresce a ideia de que os atuais membros da equipe sejam realocados para estancar os atritos e melhorar o funcionamento geral do governo.
O assunto, segundo apurou o blog, apareceu em ao menos duas conversas recentes entre líderes petistas
A preocupação sobre o entrosamento dos ministros palacianos também teria permeado uma conversa do presidente Lula com um ministro, segundo um interlocutor.
Mas, em uma dessas conversas, chegou a se falar em possíveis mudanças na equipe até junho.
Por essa proposta, Lula não demitiria de imediato nenhum ministro e nem traria novos nomes para o time.
Apenas faria uma espécie de dança das cadeiras.
O foco principal seria o eixo formado pelas pastas da Fazenda, Relações Institucionais e Casa Civil. Há preocupação em garantir que essas peças estejam bem afinadas entre si.
Diante desse quadro, uma tese que surge nas conversas é que o ministro Rui Costa poderia ser acomodado em outro ministério, ainda indefinido, entregando a Casa Civil a um nome bem alinhado com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Pessoas próximas ao ministro dizem enxergar as especulações como parte do jogo de interesses no PT. O ministro, lembram, tem assumido a dianteira nas conversas com o Congresso e vem sendo respaldado pelo presidente Lula. O time de Costa se apoia na declaração feita por Lula em café com jornalistas, de que não prevê uma reforma ministerial neste momento.
Por Clarissa Oliveira